Olhos de Van Gogh pintados na parede do hall principal

Museu Van Gogh em Amsterdã, guia completo

Um olhar melancólico e perturbado, gigante, marcado por intensas pinceladas coloridas, retratado por toda a extensão da parede mais ao fundo do hall principal do Museu Van Gogh, em Amsterdã.

Assim começa a viagem ao mundo complexo de Vincent Van Gogh como artista e ser humano, visitantes dominados e confrontados por aquele olhar.

Hall principal do Museu Van Gogh
O olhar dominante de Van Gogh no hall principal.
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Museu Van Gogh Amsterdam
Museu Van Gogh Amsterdam
 

Por que Van Gogh é unanimidade universal e atrai milhões de admiradores? Essa é a resposta que o museu pretende responder após a visita.

O Museu Van Gogh é aquele lugar que encanta e conquista seu coração para sempre. Tiro o chapéu para as ações do museu que revolucionam a maneira de relacionar com o público, oferecendo aos visitantes oportunidades para interagir com a arte nas mais diferentes formas para todas as idades.

O museu renovou completamente a coleção do artista e evidencia o desenvolvimento artístico e humano do pintor pós-impressionista que tem sido fonte de inspiração até os dias de hoje.

A história da vida e arte do holandês Vincent van Gogh é contada em quatro andares, seguindo seus passos. Agora, além de suas obras primas, desenhos e famosas cartas também encontraram um lugar permanente.

As cores das paredes se harmonizam com as pinturas do artista, em um novo conceito que deixa para trás as paredes brancas de museus tradicionais. As masterpieces de Van Gogh foram penduradas solitariamente, como se estivessem sob o foco de luz do artista principal no palco.

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Pinturas solitárias nas paredes coloridas.
Pinturas solitárias nas paredes coloridas. Foto: Museu Van Gogh

Todos os mitos que cercam Van Gogh – a orelha, a doença e o suicídio – são discutidos em detalhes pela primeira vez. O museu apresenta Van Gogh seguindo a linha de seu próprio tempo, contando toda a sua história: o artista, o contexto, suas ambições pessoais e emoções, os mitos e influências.

Van Gogh viveu intensa e apaixonadamente. Buscara expressar em sua arte as emoções existenciais mais profundas da condição humana: ansiedade, sofrimento, amor e esperança, principalmente por meio do uso das cores.

Mais abaixo, explico sobre como desfrutar ao máximo sua visita ao apaixonante Museu Van Gogh.

Início do tour no Museu Van Gogh

O tour começa sob a vigília daquele olhar, gigante, na primeira sala, onde ficamos cara a cara com o artista. Aqui estão seus autorretratos e a única paleta do pintor, que parece estar esperando seu mestre. Van Gogh não tinha dinheiro para pagar modelos, pintava autorretratos para exercitar o uso de cores e pinceladas nas expressões faciais.

As cores expressam seus sentimentos e não o que ele via no espelho. Preste atenção nas cores dos olhos, sempre diferentes. Autorretrato como Pintor não é exercício, a única obra em que Van Gogh se apresenta como artista atrás da tela.

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Autorrerato como pintor, Van Gogh
Autorretrato como pintor.

Autorretrato com Chapéu de Feltro mostra o lado burguês parisiense que não gostava. Preferia o campo e o chapéu de palha. Adoro como detalhes passam mensagens subliminares!

Autorretrato com chapéu de feltro
Autorretrato com chapéu de feltro

 

A busca de Van Gogh pelo estilo próprio

O primeiro andar mostra as obras que Van Gogh pintou na primeira fase, ainda nos Países Baixos. Van Gogh queria ser conhecido o pintor de camponeses e da vida rural. Achava as mulheres camponesas mais bonitas do que as da cidade, o pó na roupa suja, as belezas e nuances do clima, vento e sol espelhados nas moças as tornavam especiais.

Diversas obras mostram a busca do pintor pelo estilo próprio, retratando a temática campestre, Van Gogh sentindo e pensando como se fosse um deles. Comedores de Batatas faz parte dessa primeira fase da pintura do artista, sob influência do realista francês Millet.

Comedores de batatas
Comedores de batatas. Foto: Museu Van Gogh

O primeiro andar também mostra as obras que Van Gogh pintou na França, primeiro em Paris, depois em Arles. Mais adiante, o Quarto em Arles, colorido de azul, vermelho e amarelo. Aqui também estão expostos quadros de seus amigos contemporâneos, como Camile Pissarro, Toulouse-Lautrec, Claude Monet, Eduard Manet e Paul Gauguin.

O quarto em Arles
O quarto em Arles. Foto: Museu Van Gogh

Sem dúvida, o quadro mais badalado que gera aglomerações é o dos Girassóis, amarelo com amarelo e mais tons de amarelo em uma combinação poderosa e cheia de luz. Van Gogh pintou cinco versões dos girassóis, a flor representativa da humildade, todas famosas. O artista desejava ser conhecido como o pintor dos girassóis. Esse título ele conseguiu.

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Girassois
Girassois. Foto: Museu Van Gogh

 

História e família

O segundo andar retrata a história e o tesouro da família. A esposa de Theo, irmão de Van Gogh, ficou responsável pela coleção, porque Theo morreu seis meses depois do irmão. Com apenas 28 anos e um filho pequeno, ela vendeu e expôs as obras e publicou parte de suas cartas. Quando morreu, seu filho Vincent Willem cuidou das obras e a partir de 1925 criou a fundação Van Gogh, devotando seu tempo para realizar o museu.

Nesse andar estão algumas das 820 cartas que revelam o pensamento de Van Gogh sobre vida, morte, amor e condição humana. São as melhores fontes para entendê-lo como pessoa e artista. Quadros de seus amigos, muitos trocados por suas obras ou dados a Theo para vendê-los também são exibidos aqui.

Carta para Theo
Carta para Theo

Os quadros pintados em Arles, as novas paisagens e luzes com cores ainda mais brilhantes, estão aqui, como A Casa Amarela, O Quarto, e a Cadeira para seu amigo Paul Gauguin. O episódio da orelha e sua loucura são contados por meio das obras expostas nesse andar.

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A Casa Amarela
A Casa Amarela. Foto: Museu Van Gogh

À beira da insanidade

O terceiro e último andar conta o último ano de vida de Van Gogh, entre 1889 a 1900, sua doença e o tempo passado nos asilos em Saint-Rémy e Auvers-sur-Oise. Entre os destaques, Amendoeira em Flores é a obra mais fascinante pela delicadeza e pela história. Foi homenagem e presente de Van Gogh ao filho de Theo que acabara de nascer.

As flores simbolizam o nascimento e pelo ângulo da foto, Van Gogh deitara olhando para o céu. Tornou-se meu quadro preferido a partir de então!

Amendoeiras em flores
Amendoeiras em flores. Foto: Museu Van Gogh

Outra obra interessante é Raízes de Árvores, de tendência mais modernista. Ao contrário do que dizem, não foi a última obra de Van Gogh. A última pintura que ele fez estava no cavalete e não está pronta.

Para se despedir, a mensagem de O Semeador fará você nunca mais se esquecer de Van Gogh e sua emocionante história. Ouça a narração do multimídia e contenha a emoção.

Van Gogh pretendia comover o público e ser o criador e semeador de novas vidas, deixar seu legado para a eternidade. Produziu mais de 2 mil obras, morreu pobre e desconhecido, mas tornou-se imortal.

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O Semeador
O Semeador. Foto: Museu Van Gogh

7 dicas para aproveitar ao máximo sua visita ao Museu Van Gogh

1. Ingressos Online

Quem compra o ingresso online no site do museu tem entrada especial, mais rápida (fast-lane entrance). Este é o museu mais visitado de Amsterdã. As filas podem ser desanimadoras, principalmente se sua visita estiver programada para os finais de semana ou durante os constantes recessos escolares europeus.

Veja aqui como comprar seu ingresso antecipadamente e evitar filas.

2. Tour multimídia

Não visite o museu sem usar o tour multimídia, será um desperdício! A apresentação da coleção foi totalmente redesenhada para mostrar o desenvolvimento de Vincent van Gogh como artista, explorando os principais aspectos de sua arte.

Disponível em inglês, espanhol e português, narram de maneira emocionante a história do pintor, relacionando-a com sua obra e sua busca contínua por autoaprimoramento.

O multimídia parece um ipod maiorzinho, fácil de usar, visual mega agradável e oferece três tours diferentes. Destaques, para quem tem pouco tempo e deseja ver apenas as principais obras (20 no total) em uma hora de visita.

Em ritmo próprio, permite aos fãs do artista mergulhar em sua história, suas emoções e conflitos, sem pressa, e pode levar três horas de tour, dependendo do quão profundo você viajou (40 obras).

Em Família, um tour lúdico fantástico para crianças interagirem com as obras de Van Gogh e descobrirem respostas para as perguntas, preencherem desenhos como os das pinturas, muito educativo e atraente.

3. Quando visitar o Museu Van Gogh

Procure chegar cedo, o museu abre às 09h e só começa a encher mesmo após as 11h. Quanto mais cedo, menos gente, e você poderá admirar as pinturas com calma, sem disputar um lugar ao sol.

Quintas-feiras

Todas as quintas, às 15h30, há visitas guiadas gratuitas em inglês com duração de 30 minutos.

Sextas-feiras

Todas as sextas-feiras, o museu fica aberto até as 22h. Oferece uma programação de música ao vivo, performances, palestras, visitas guiadas, DJs, VJs e até um cocktail bar.

Domingos

Todo primeiro domingo do mês, o museu ministra uma palestra gratuita em inglês sobre Van Gogh às 14h. Veja a programação no site vangoghmuseum.nl/em/whats-on/lecture.

4. App para tablets

Touch Van Gogh, premiado aplicativo do museu para tablets, revela os segredos das pinturas de Van Gogh, em detalhes impressionantes como os grãos de areia na tinta, as pinceladas grossas características do pintor, e curiosidades como o uso anterior da tela. Disponível para IOS e Android.

Último conselho sobre o Museu Van Gogh

Se você tiver pouco tempo em Amsterdã, e precisar escolher apenas um museu para visitar, escolha o Museu Van Gogh. Meu fanatismo e admiração pelo pintor atingiram patamares máximos após seguir os passos desse artista incrível.

Esse também é o conselho de uma amiga jornalista que adora explorar a cidade onde mora. Ela escreve artigos para a revista oficial da cidade de Amsterdã A-Mag e como food expert no site about.com, Karin Engelbrecht.

Ah, fotos no museu são terminantemente proibidas. Aproveite para viajar no mundo de Van Gogh.

Museu Van Gogh

O quê: melhores atrações em Amsterdã

Endereço: Paulus Potterstraat 7

Onde: Amsterdã, Holanda

Site: vangoghmuseum.nl

Fotos: Jan Kees Steenman | Museu Van Gogh

Eu visitei Amsterdã a convite de IAMsterdam, KLM e Museu Van Gogh, sob a condição de ter liberdade editorial para exprimir minha experiência real e opinião sincera, como neste post.

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2 comentários sobre “Museu Van Gogh em Amsterdã, guia completo

  1. Eu estou obcecado pelo pintor e pessoa Vicent. Sua publicação me fez sentir vontade de ir de imediato ao seu Museu e poder prestigiar cada detalhe da sua obra e vida.

    1. oi Luiz, bom dia! me desculpe, tua mensagem caiu na caixa de spam! Só agora eu vi!
      Ele foi um artista incrível. Estive em Arles onde ele morou um período e há totens nos locais onde ele pintou.
      Vale a pena colocar no seu roteiro.
      abraços e boas viagens!

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