Tóquio, uma cidade efervescente onde a cultura japonesa ancestral mescla-se à globalização, à alta tecnologia e ao risco de aculturação de sua sociedade.
A capital japonesa nunca estivera em minha prioridade de viagem. Porém, quando a oportunidade surgiu, não hesitei. Em quinze dias decidi ir à Tóquio patrocinada por mim mesma participar de um seminário importante para minha profissão.
Foi uma das viagens mais maravilhosas que fiz, pelo que aprendi sobre a cultura japonesa, pelos contatos profissionais, pelas diferentes experiências que passei e acima de tudo, pela descoberta de mim mesma.
Sim, uma viagem sozinha ao Japão, levando na bagagem muita leitura e preparação de roteiro e domínio do inglês – que pouco me serviu. O dedo indicador foi de mais valia, e muita, mas muita coragem!
Isso foi em 2004. Sobrevoei os EUA, dá pra ver a neve nas montanhas, tudo branquinho… depois a emoção de passar em cima do Alaska… o mar não se mexia, também, tudo congelado! Paisagem inesquecível, os lagos, rios e mares congelados, a terra branquinha de neve…
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Cuidei a hora de cruzar o International Date Line… daí já vai passar metade do meu aniversário… ou seja, o dia mudou mas não escureceu… a lua não apareceu… Feliz Aniversário para mim, com direito a torta de maçã e sorvete, cortesia da tripulação!
Dei risada de muitos quadros que presenciei e vivi, como alguém dormindo em uma sleeping bag no meio do aeroporto de Miami e os guardas me atrasando porque achavam que meu laptop estava com explosivo (a máquina deles estava poluída!).
Micos em Tóquio
Em Tóquio me divertia com a multidão se apertando no metrô para caber mais gente, a dificuldade de entender como comprar o bilhete… é automático, tá bom.
Mas as letras eram todas em japonês, como eu saberia qual era minha estação de destino? Aprendi que se paga pela distância percorrida. Consegui comprar sozinha depois de uns três dias.
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Com ajuda dos policiais que estão em quase todas as esquinas, cheguei no Ryokan onde passaria a noite. Nos quartos pequenos, cabem exatamente os futons no chão, com o edredon pra cobrir. Só.
E os micos? Fui a um supermercado… que desespero… não dá pra saber o que comprar, tudo vem empacotado, escrito em japonês (óbvio!). Tentei comprar água e um funcionário tentava em vão me dizer que só abririam às 10h.
Fora o fato que, sempre ao entrar em algum lugar, o atendente me dizia “Hi”, e eu respondia com um sorriso “Hi”. Só descobri que “Hi” para eles significa “Posso ajudar?”. Imagina quanto mico!
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Cultura japonesa: cotidiano em Tóquio
Tentava registrar tudo o que via. Os restaurantes com os modelos de comida de plástico na vitrine,

as placas luminosas em japonês e os japoneses dos mais diferentes estilos e rostos. Os ladrilhos na calçada para cegos, em linhas para indicar continuação, em bolinhas para indicar parada, além do alerta sonoro para eles atravessarem a rua. Sim, isso chegou aqui no Brasil, uns 10 anos depois.
Executivos e idosos andando de bicicleta. As ruas limpas sem lixeiras por perto.

A vida social na vertical, muitos restaurantes em diferentes andares dos prédios, que nós teríamos preguiça em pegar elevador.

Os imensos telões de propaganda com som nas ruas. A falta de indicação de nome de ruas. Encontre uma placa com muita sorte! O excessivo uso de celular para jogos, emails ou sei lá o quê por jovens e idosos no metrô. Sim, o sinal funciona metros e metros abaixo da terra. Os pinduricalhos nos celulares, para personalizar suas posses.
As japonesas fashion na última moda. As pessoas andando na calçada no mesmo sentido dos carros, ao contrário de nós brasileiros, ou seja, vão pelo lado esquerdo e vêm pelo lado direito da calçada. E as indicações de trânsito em kanji.

Pontos turísticos da capital do Japão
Em Tóquio é impressionante como podemos mudar drasticamente de ares quando, no meio da loucura da cidade, encontramos jardins do Éden, como o Hibyia Park ou o Parque Imperial, no coração da cidade.
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Imperdível é a visita ao Idemitsu Museum, com vista da janela do Hibyia Park. Pergaminhos escritos deitados, com um rolo de cada lado pra passar a leitura, álbuns folheados igual a uma sanfona, chazinho de graça, permaneci sentada à janela vendo o colorido do parque.


Em Ginza, o luxo das vitrines: as pérolas, as joias, a fila quilométrica pra entrar na Channel, as lojas chiques, caríssimas e lotadas!

No Edo-Tokyo Museum, uma viagem ao passado, à época dos samurais. Crianças vestidas com uniforme escolar prestando atenção à explicação da professora, muito comportados.
No alto do Observatório, vista da cidade plana. Ao fundo, ele, imponente, o Monte Fuji pode ser avistado em dias claros. Sorte a minha ter sido presenteada com um dia bonito!
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Gastronomia e pessoas
Me acabei na gastronomia local: sushis, sashimis e iguarias que fiz questão de não saber o que era. Convidada pela equipe de organização do evento, fui a um jantar de encerramento que começou no restaurante e terminou no karaokê.


O povo gentil, educado, respeitoso e solícito, a tradição dos lutadores de sumô e das gueixas. Os trajes típicos ainda usados por pessoas normais nas ruas. Adolescentes malucos vestidos como personagens de mangá ou com seu próprio estilo. Templos e mais templos ao lado de arranha-céus modernos – imagens que jamais esquecerei.

Além de Tóquio
Tóquio é assim, fascinante! Pertinho da capital, ainda conheci Nikko, Kyoto e Hakone, destinos maravilhosos para onde quero voltar para explorar com mais calma. Fui no outono quando as árvores explodiam numa profusão de tons de amarelo, laranja e vermelho. Imagino como será na primavera! Próxima visita!
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